Neste sábado e domingo, 31/5 e 1/6, das 16h às 19h, a Cóccix Cia Teatral fará duas exibições da peça A Velha Venda Nova, uma das últimas montagens do grupo, que atua na periferia de Belo Horizonte desde 2006. As exibições são abertas ao público de todas as idades e no sábado contará com interpretação de Libras. A entrada é gratuita, mediante retirada de ingresso 1h antes. O local é o Centro de Vivência Agroecológica – Cevae Serra Verde (rua Sebastião Gomes Pereira, 140 – Serra Verde). s4b4q
No espetáculo, duas senhoras enraizadas no coração de Venda Nova – Native e Ceição – contam suas memórias sobre a região mais antiga de BH, e apresentam casos curiosos e histórias que permeiam os 313 anos da regional. Durante as três horas de peça, o público se encantará com muitas histórias, músicas e a oportunidade de apreciar comidas típicas com os convidados.
Atividades formativas
Quem Vem Vinda Lá? é o nome da temporada 2025 do espetáculo, realizada com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte – Modalidade Fundo/2024. Além das apresentações, o projeto contou com 17 ações formativas realizadas em espaços diversos da regional. O objetivo foi envolver a população numa experiência artística multiforme de valorização da memória, da oralidade, dos saberes e das expressões culturais locais.
A primeira delas aconteceu nos dias 24, 30/4 e 16/5 com a palestra Venda Nova: História e Memória, ministrada pelo historiador e escritor Bruno Viveiros, e com a atividade Desmontagem – Espetáculo A Velha Venda Nova, uma espécie de roda de conversa na qual artistas e público conversam sobre os bastidores do processo criativo, dispositivos da dramaturgia, elementos cênicos e escolhas artísticas da encenação que compõem o espetáculo. As ações foram direcionadas ao grupo da terceira idade Traços de União e aos estudantes das Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade (EMCDA) e da Escola Estadual Getúlio Vargas (EEGV), respectivamente.
Nos dias 5, 6 e 15/5, o Trilhas da Memória levou novamente os alunos das duas escolas e o grupo Traços e União para uma caminhada encenada entre a Regional Venda Nova e o Centro de Referência da Memória de Venda Nova, com mediação do técnico de patrimônio Henrique Willer e performances de artistas do espetáculo. A proposta da ação foi reativar a história viva do território por meio de teatro, música e depoimentos históricos.
Já entre os dias 12 e 16/5, aconteceu a Oficina de Máscaras Teatrais com o renomado mestre Fernando Linhares, professor do Teatro Universitário da UFMG desde 1987 e ex-diretor de grupos como o Galpão, Real Fantasia, Cia Candongas & Outras Firulas, entre outros. O público alvo foi atores, estudantes de teatro e demais interessados, sendo que 50% das vagas foram reservadas para a comunidade LGBTQI+, pessoas negras, mulheres e residentes de territórios periféricos da RMBH. No dia 29/5, os participantes da oficina farão uma intervenção cênica durante a exibição do espetáculo.
Sinopse
Duas senhoras enraizadas no coração de Venda Nova: Native e Ceição. Pelo que contam, viram muito nessa vida e gostam de prosear, contar histórias, revirar as memórias e aquecer os corações (e os imaginários) de quem toma um gole de fôlego, de café, água ou coragem em Venda Nova, na venda delas. As duas senhoras abrem as portas de casa, convidam a visita para um café, uma trezena, uma festa junina e também para comer, beber e dançar no antigo comércio mantido por elas. Quando juntas, seus gestos brincam de fazer desaparecer as fronteiras entre o ado, presente e futuro. As duas cuidam da clientela, das plantas do quintal, misturam memórias e tecem um belo horizonte enquanto, apaixonadamente, semeiam as histórias de Venda Nova. Carregados pelos palavrórios delas, cavalgamos por séculos e séculos de acontecimentos. Nessa viagem, é possível reconhecer parte dos homens e mulheres que fizeram dessa região um tanto de mundo rico em lutas, reviravoltas, sonhos, perdas, conquistas, culturas, fé, sonoridades, cheiros, festejos e sabores. Native e Ceição querem que as visitas provem um cadinho de tudo dessa fartura… E ai de quem fizer desfeita! Melhor, então, se deixar levar por tudo que essas duas senhoras têm para partilhar… Suas memórias brincam de refundar o mundo e dar novos contornos à vida.
Cóccix Companhia Teatral
A companhia – sediada no bairro Minas Caixa – desenvolve, há 18 anos, pesquisas artísticas e ações culturais nas regiões centrais e em periferias de Belo Horizonte. Realiza espetáculos, oficinas, mostras e festivais municipais e estaduais. Como companhia de teatro político, suas obras apresentam leituras sobre as estruturas sociais contemporâneas, com ênfase em pautas de classes diversas consideradas “minorias políticas”. Suas ações valorizam o trânsito territorial, a formação de público, a descentralização de recursos e a democratização do o à arte. Linguagens desenvolvidas: teatro épico dialético, teatro físico, ocupação de espaços não convencionais, máscara teatral e clown, além de oficinas voltadas para práticas pré-expressivas. Repertório: Fronteiras de um sonho (2006/2007), Meu Canto de Graça (2010/2025), Pedaço de Homem (2010/2025), Para se ta mal (2013/2016), A Santa do Capital (2017/2025), A Velha Venda Nova (2023/2025). Projetos e Mostras: Festival Ponta a Pé Cultural (2008–2024), Mostra Puxadinho (2014, 2015, 2019, 2023), Mostra InMinas (2015, 2019). Integra a Cooperativa InMinas de Trabalho de MG e é parceira da Rede de Artistas de Venda Nova.
A Velha Venda Nova – Temporada: Quem Vem Vindo Lá?
Diversas atividades até 1º de junho de 2025.
Classificação livre.
28, 29 e 30/5 | Espetáculo A Velha Venda Nova – Público fechado – 16h às 19h
Local: Centro de Vivência Agroecológica (Cevae) Serra Verde – R. Sebastião Gomes Pereira, 140 – Serra Verde, BH
31/5 e 1/6 | Espetáculo A Velha Venda Nova – 16h às 19h
Local: Centro de Vivência Agroecológica (Cevae) Serra Verde – R. Sebastião Gomes Pereira, 140 – Serra Verde, BH
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA – LIVRE. ENTRADA GRATUITA. Distribuição de ingressos 60 minutos antes do início do espetáculo. Lotação: 50 pessoas.
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