Novo bar japonês do Grupo Redentor, Marú ‘atraca’ na Savassi 2x3sl

Casa une a descontração e a hospitalidade, características das marcas que compõem o grupo, a uma cozinha oriental contemporânea, assinada pelo mestre Marcelo San 215g42

Um dos bairros mais badalados de Belo Horizonte, a Savassi acaba de ganhar uma nova casa com a chancela do Grupo Redentor, o Marú. O bar japonês une a descontração e a hospitalidade, características das marcas que compõem o grupo, a uma cozinha oriental contemporânea, marcada por um sushibar completo, com cortes frescos, e os deliciosos belisquetes dos izakayas – botecos japoneses informais. O novo point está localizado na rua Fernandes Tourinho, 604, a poucos os do Redentor e do Moema, e chega com a missão de ampliar o time de boas opções gastronômicas da região, além de reafirmar o quarteirão como um dos endereços mais boêmios e divertidos da cidade.

Sócio do Grupo Redentor e um dos empresários à frente do novo negócio, Daniel Ribeiro conta que o Marú surgiu não só pelo desejo de uma nova casa na Savassi – bairro pelo qual ele é declaradamente apaixonado – mas também para atender os anseios populares. “No momento em que o imóvel onde hoje está o Marú ficou vago, percebemos o potencial do lugar e, mais que imediatamente, fizemos uma consulta com os vizinhos, por meio de cartazes afixados na porta do imóvel, perguntando o que sentiam falta na região. Das respostas, um bom restaurante japonês foi a resposta que mais apareceu no levantamento”, conta.

E de fato o novo empreendimento em nada lembra a pompa sisuda de muitos restaurantes japoneses espalhados pela cidade. Na primeira visita já é possível perceber que as decorações em tons escuros e luzes intimistas, típicas das casas de culinária oriental, não são a marca registrada do Marú. Daniel Ribeiro faz questão de enfatizar que o local é

um bar japonês com ambiente aberto, alegre e informal. Entre os destaques do lugar estão uma charmosa varanda e mesas na calçada que reforçam a atmosfera de bar democrático. Artes que remetem à cultura oriental, mas sem necessariamente tornarem a casa demasiadamente nichada, deixam o ambiente ainda mais estiloso. “Aqui, as pessoas podem vir tanto para desfrutar do nosso almoço executivo, durante o dia, quanto o happy hour, a noite”, destaca Daniel acrescentando que, para se chegar ao conceito do Marú, ele e os sócios fizeram uma via sacra por mais de 20 bares de capitais como Rio de Janeiro e São Paulo, para entender o mercado, buscar as melhores referências/inspirações e aplicá-las em BH. “É um tipo de negócio muito pujante, mas que ainda precisa ganhar corpo aqui”.

Ainda de acordo com Daniel, o nome escolhido para o bar – com capacidade para até 100 pessoas – remete à primeira embarcação que trouxe imigrantes japoneses para o Brasil, o Kasato Maru, atracado em Santos, em junho de 1908. “Maru também é um sufixo tradicionalmente usado no final dos nomes de navios japoneses, que simboliza boa sorte e proteção. É o que também desejamos para a nossa nova casa”, completa.

Chef estrelado

Se depender do chef convidado por Daniel e seus sócios para que o novo bar tenha sorte, tal como preconizado em seu nome, ela, então, já é certa nos rumos do negócio. Isso porque toda a parte de sushibar do Marú é assinada e comandada por ninguém menos que o renomado Marcelo San, uma das principais referências no Brasil quando se fala em culinária oriental contemporânea, com quase 40 anos de carreira e agens por casas de sucesso em todo o Brasil.

Natural do Rio de Janeiro e com experiência internacional na Europa e América do Norte, Marcelo define a gastronomia da nova casa como descomplicada, com toques de refinamento, mas sem ser ou parecer exageradamente sofisticada. Entre os destaques do cardápio estão o Tuna & Burrata (R$ 58), feito com cubos de atum, burrata fresca, pesto de manjericão, farofa panko crocante e azeite trufado; e o Salmão Citric (R$ 48), em que o peixe vai acompanhado de sucos de laranja e limão, redução de balsâmico, azeite e raspas de limão siciliano.

Há ainda criações exclusivas para o bar, como a Ostra de Mini Cogumelos (R$28), micro cogumelos japoneses em conserva, servidos no limão; Tartar de Atum (R$ 58), atum em cubos, tomate, cebola roxa, dill, raspas de limão siciliano, azeite, manjericão e avocado – acompanha tortilhas da casa; e o Pescado do Dia oferecido sobre salsa de manga (R$45).  “Temos 33 opções no sushibar, além de quatro combinados, pokes e os clássicos, que incluem os niguiris e sashimis tradicionais”, destaca acrescentando que a informalidade da casa é materializada até mesmo na escolha das louças onde são servidos os belisquetes: todas são brancas, clean e com um design que dá protagonismo à comida, deixando-a ainda mais atrativa. “A ideia é servir algo bacana, mas não pomposo. Prezamos pela sofisticação discreta, porém despojada”.

San também participa da criação dos pratos quentes da cozinha asiática – que incluem porções e petiscos para compartilhar – com a ajuda de outras mãos talentosas: as dos chefs Fabiano Braga (supervisor gastronômico do Grupo Redentor), Pedro Mendes, (chef-executivo do Moema e sócio do Marú) e Nikolas Edgar. Frango Karaage (R$ 45), Gyosa de porco (R$ 38), Croqueta do mar (R$ 38) e Polvo Y Aji (R$ 98) são algumas opções idealizadas pelo quarteto.

Coquetéis com sakês

Outro importante craque empresta seu talento para o novo bar japonês de BH. Autoridade na coquetelaria, com mais de 20 anos de mercado, o mixologista Tiago Santos – que também assina a carta do Moema – é o responsável pelos drinks do Marú e, desde que assumiu o posto, vem investindo em coquetéis com sakê, bebida alcoólica fermentada do Japão, feita de arroz, água e Koji. Segundo o especialista, o maior desafio da empreitada é fazer com que o público de BH – ainda pouco acostumado a consumir coquetéis japoneses – comece a se aventurar. “Muitos [ao consumirem sakê] buscam a sensação do destilado no paladar e esquecem que a bebida é fermentada. Por isso procurei criar coquetéis onde ele [o sakê] seja o ator principal e assim consiga ser mais notado”.

Para atingir seu objetivo, o mixologista aposta, por exemplo, no Mizú (R$ 35), que leva, além da bebida japonesa, notas de yuzu, gin, curaçau, suco de limão e angostura. “Este é um coquetel para iniciantes, ou seja, que ainda não estão acostumados a tomar sakê, mas querem conhecer.”

Já para os mais experientes, o mixologista sugere o Kasato (R$ 36), “É uma receita na qual fugimos do óbvio ao misturar sakê com aperol e uma nota bem floral do licor de flor de sabugueiro. A bebida ainda vai com a borda de Tajin, um dos principais ingredientes do Madalena, drink da carta do Moema. Como muitos clientes das outras casas do grupo estão frequentando o Marú, o fato de eles conhecerem o Tajin, aumenta a confiabilidade no novo coquetel”, explica Santos revelando que a sua estratégia, por enquanto, é inserir o sakê na coquetelaria do bar japonês, de forma paulatina.

Marú

Rua Fernandes Tourinho, 604 – Savassi

Funcionamento: todos os dias, das 11h às 0h

Reservas: (31) 2528-7337

https://www.instagram.com/maru.barjapones/

Cardápio completo: https://marubar.com.br/menu/

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